Cinema: Inquietos


Ultimamente não tenho tido muita sorte com filmes, então, quando eu comecei a assistir Inquietos fiquei com o pé atrás, esperando uma história bem “mamão com açúcar”. Dizer que eu fiquei surpresa é até pouco. Este é um dos poucos filmes sobre e para adolescentes que conta a história de um jovem casal sem fazê-los parecer tolos.

Henry Hopper interpreta Enoch, um garoto órfão que passa a se isolar cada vez mais, tendo ao seu lado somente um amigo: Hiroshi. O jovem órfão tem o estranho passatempo de frequentar funerais de desconhecidos, e é em um destes “passeios” que ele conhece Annabel - interpretada por Mia Wasikowska - que é uma jovem com câncer em estado terminal. 

O filme poderia facilmente ter se transformado em mais uma história super clichê da Sessão da Tarde, mas Van Sant pega estes dois personagens bastante peculiares e usa um de escada para o outro, conduzindo-os à uma evolução imensa durante o filme. 




Inquietos realmente tem uma história, um conteúdo. O filme nos mostra dois ângulos diferentes em relação a morte, e realmente podemos aprender um par de coisas com o filme. No final, não há aquela mudança drástica e inexplicável do rumo da história, como é bastante visto em produções do gênero. 

A trama segue o seu curso natural e se encaminha muito bem para um desfecho esperado. Não pretendo me contradizer afirmando que o final seja sem graça, o final é incrível, não há uma reviravolta milagrosa, sentimos o que está para acontecer - e que acontece de uma forma muito bem trabalhada. 

Não conheço muito do trabalho de Van Sant, mas Inquietos me fez colocá-lo na lista de cineastas cujo trabalho eu quero conhecer mais. 

CONVERSATION

1 Comentários:

  1. Esse filme é lindo de viver! <3

    http://mihmihmih.wordpress.com/

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