Cinema: Que horas ela volta?

Quando eu ouvi falar do filme Que horas ela volta? já fiquei curiosa pra ver, mas confesso que foi depois desse vídeo da Jout Jout. E dessa notícia: Que horas ela volta? vai representar o Brasil no Oscar, que fiquei ainda mais afim de assistir ao longa.
Tava tão, mais tão afim que achei um link online para poder assistir e até vi com aquele atrasinho no áudio, sabe? haha mas como não tava achando fácil na internet, resolvi ver desse jeito mesmo, e não me arrependi.

Pra quem ainda não ouviu falar desse filme, compartilho a sinopse do Adoro Cinema:

A pernambucana Val (Regina Casé) se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino (Michel Joelsas) vai prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.

Vale muito a pena tirar um tempinho e ver esse filme, e para te incentivar a vê-lo também, vou citar três pontos que mais me chamaram atenção nele. Obs: talvez rolem alguns spoilers daqui pra frente.


1- A atuação de Regina Casé



Esqueça a visão de apresentadora do Esquenta, a atriz interpreta tão bem o papel da empregada Val, que na hora rola um carinho e identificação com a personagem. Val é daquelas mulheres guerreiras que tá aí lutando pra conseguir uma vida melhor, igual muitas que temos nesse Brasil. As cenas que ela tem com Fabinho, que criou desde pequeno, chegam até a ser tocantes. A relação dos dois é tão próxima que dá pra perceber como eles são confidentes. O sotaque, o jeito de andar e naturalidade que ela vive a personagem me ganharam nesse filme.

2- A crítica social


Esse é o ponto chave do filme. Não há como não passar mil coisas na nossa cabeça quando vemos o tipo de tratamento que Val recebe e que é colocado a tona com a chegada de sua filha. Val é considerada praticamente da família, e aí que está a questão. Quem disse que uma empregada merece menos que uma patroa?

3- Jéssica como a voz crítica que todos nós deveríamos ter


E são as diferenças sociais que Jéssica indaga e não concorda: Onde está escrito essas regras que você vive dizendo? Quando você chegou aqui eles te ensinaram o que podia e o que não podia? Disse ela a sua mãe. Não tem como não refletir minha gente. A filha de Val tem personalidade, é curiosa e o principal: não se contenta com as imposições feitas à ela.

São tantas coisas que poderia falar desse filme, mas só tenho mais uma coisa pra dizer: assistam!

  • Quem já viu o filme, conta o que achou! Beijos!

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