
Quando, no início de 1978, encontramos Christiane F. — então com 15 anos —, ela depunha como testemunha num tribunal de Berlim. Pedimos-lhe uma entrevista que faria parte de uma pesquisa sobre os problemas da juventude. Tínhamos previsto duas horas para a entrevista, e elas se transformaram em dois meses. De entrevistadores, passamos a ouvintes apaixonados e profundamente emocionados. Este livro nasceu da gravação desse depoimento de Christiane F. É nossa opinião que esta história ensina mais do que o mais bem documentado relatório sobre a situação de uma grande parte da juventude.Christiane F. quis que este livro viesse a público. Como quase todos os viciados em drogas, desejava romper o silêncio opressivo que cerca a questão dos tóxicos entre os adolescentes. Todos os sobreviventes da “turma”, bem como seus pais, apoiaram nosso projeto e concordaram, para reforçar a autenticidade deste documento, com a publicação de nomes e fotografias. Das famílias, porém, não citamos os sobrenomes. Ao depoimento de Christiane F., juntamos declarações de sua mãe e de outras pessoas que dela se ocuparam, assim completando a análise com uma perspectiva diferente.
Você provavelmente já conhece a história de Christiane F., a adolescente drogada que chamou a atenção do mundo ao retratar de forma fria e surpreendente a vida que ela, desde a pré-adolescência, passou a ter. Meu primeiro contato com a alemã se deve as histórias que a minha mãe, que teve o livro como leitura obrigatória da escola aos 12 anos, me contava. Assim, há alguns anos atrás eu e umas amigas resolvemos assistir ao tão polêmico filme e desde então me encantei - mesmo que isso pareça estranho - pela vida da moça.
Logo que coloquei as mão no livro minha atenção ficou totalmente voltada para a capa em alto relevo incrivelmente linda - minha edição é a 52ª - e a beleza quase angelical de Christiane, que me fez parar a leitura nos momentos mais tensos do livro e me perguntar "como uma meninas assim fez coisas como essas?". A história é pesada, tem uma narrativa forte e sem rodeios, a ponto de te fazer querer vomitar e até, de uma forma meio estranha, fazer com que você sinta os efeitos da droga e da falta dela, como Christiane narra.
Viciante é a palavra que melhor descreve Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..., pois, além de ser muito bom, o livro não tem um fim! Acabam-se as páginas, mas a história de Christiane vai muito além daquilo descrito nelas, afinal, a alemã vive até hoje e nunca deixou realmente de ter contato com o mundo das drogas. Em uma pesquisa rápida no Google é possível encontrar diversos blogs e sites que se dedicam a vida de Christiane e das pessoas - vivas ou mortas - com que ela conviveu. Em uma entrevista relativamente atual (2005) - e uma das poucas que eu encontrei - Christiane descreve os anos que se passaram após o sucesso do filme e as dificuldades de sua vida como mãe/viciada.
A história da alemã ganhou as telonas em 1981 e apresentou ao mundo a vida dos viciados de Berlim. O filme tem como protagonistas Natja Brunckhorst e Thomas Houstein, que nunca tinham tido qualquer experiencia com o mundo cinematográfico e surpreenderam público e críticos pela atuação incrível, e conta como uma trilha sonora inteira do - tiozão mais gato do Rock - David Bowie, que também faz uma participação especial no longa como... ele mesmo! rs Como não podia ser diferente, o filme - que antes me parecia perfeito - chega a ser miserável se comparado ao livro, portanto mesmo que vocês já tenham assistido e conheçam a história de Christiane leiam, vale muito muito mesmo a pena!

Viciante é a palavra que melhor descreve Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..., pois, além de ser muito bom, o livro não tem um fim! Acabam-se as páginas, mas a história de Christiane vai muito além daquilo descrito nelas, afinal, a alemã vive até hoje e nunca deixou realmente de ter contato com o mundo das drogas. Em uma pesquisa rápida no Google é possível encontrar diversos blogs e sites que se dedicam a vida de Christiane e das pessoas - vivas ou mortas - com que ela conviveu. Em uma entrevista relativamente atual (2005) - e uma das poucas que eu encontrei - Christiane descreve os anos que se passaram após o sucesso do filme e as dificuldades de sua vida como mãe/viciada.

A história da alemã ganhou as telonas em 1981 e apresentou ao mundo a vida dos viciados de Berlim. O filme tem como protagonistas Natja Brunckhorst e Thomas Houstein, que nunca tinham tido qualquer experiencia com o mundo cinematográfico e surpreenderam público e críticos pela atuação incrível, e conta como uma trilha sonora inteira do - tiozão mais gato do Rock - David Bowie, que também faz uma participação especial no longa como... ele mesmo! rs Como não podia ser diferente, o filme - que antes me parecia perfeito - chega a ser miserável se comparado ao livro, portanto mesmo que vocês já tenham assistido e conheçam a história de Christiane leiam, vale muito muito mesmo a pena!
A jovem Chistiane nos impõe a imagem das profundezas de sua desgraça. Ela nos permite avaliar melhor a decadência desta sociedade que "os outros" exaltam, sem cessar, a pleno vigor. O testemunho de Christiane é bem mais eficaz do que o silêncio dos reputados institutos de pesquisas. É a razão profunda pela qual este livro extraordinário é, e deveria ser, quase insuportável.
Meu Deus que arrepio ao assistir o trailer, espero comprar o livro , otima indicação e um belo "abrir dos olhos".
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