Insegurança e outras bobices

Estava me devendo esse texto faz tempo, capaz de explodir se não liberasse da minha mente logo para o papel, digo, computador. É mais um desabafo, espero que gostem, se idetifiquem talvez. 
Se tem uma frase que marca uma pessoa insegura é a "não sei", e por anos eu a decorei. Já cheguei a ouvir pessoas próximas dizendo "isso é o que a Paloma diria" e não é nada bom saber o quanto a insegurança te domina, te impede de falar o que pensa, de viver um momento e acaba transmitindo uma personalidade que não te pertence.

Quantas vezes eu cheguei a pensar em falar sobre algo, agir de um modo diferente diante uma situação. Um bom dia não falado, uma iniciação de conversa, deixar de usar algo, ou me esconder atras dele. Tudo por conta do que pensariam, a opinião alheia, a que sempre levantei o peito e disse "Não me importo!", mas no fundo a gente sempre se importa pelo menos um pouco não é? Exagerar nessa preocupação era o que me frustava e me fazia vestir um escudo invisível todos os dias.

Como sempre fui uma pessoa tímida, a garota caladinha da sala, essa insegurança foi crescendo cada vez mais a partir dos anos. Medo de falar errado por ser ansiosa demais, medo da exclusão, medo de me acharem feia, de exaltarem meus defeitos, medo de cochichos, de fofocas e pensarem errado ao meu respeito, que devido a insegurança me prendia e ficava incapacitada de mostrar o que realmente era, o que pensava, do que gostava para em fim me enxergarem com outros olhos, os meus. Já pensei no tanto que perdi com esse problema, mas não dá pra voltar ao tempo e querer resgatar isso, mudaria o meu presente. Os problemas estão ai para você aprender, para ganhar com eles não só perder, o que me faz acreditar naquilo de não me arrepender pelo que fiz ou deixei de fazer, é clichê, mas é verdade.

Pode ser até cedo, mas se fizessem um paralelo da Paloma de uns anos atras para o que sou hoje haverá algumas mudanças. Gostos mais refinados eu sei, a medida do cabelo também, mas principalmente e o mais importante, o estado emocional mais maduro. Meus três maiores problemas a timidez, ansiedade e a insegurança que antes davam as mãos e formavam uma corrente no meu pescoço, hoje não passam de uma presilha que guardo no bolso, é ainda existe, ainda está aqui, mas de uma forma menor, que vou dominando aos poucos, assim como uma mecha de cabeço solta numa ventania, basta uma mão para apara-lo, basta uma presilha para prende-lo novamente, ou quem sabe deixa-lo solto ao vento? Nada a perder.

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