
Entediada graças a um forte resfriado, que a fez ficar na cama por alguns dias, uma pequena inglesa começa a escrever contos sem saber que anos depois seria conhecida como a rainha do crime e uma das maiores escritoras de todos os tempos. Durante a Primeira Guerra Mundial, já adulta e casada, Agatha Christie trabalhou no dispensário de um hospital, junto aos medicamentos, e lá nasceu seu primeiro romance, O misterioso caso de Styles, e um dos detetives mais famosos do mundo, Hercule Poirot.
“Foi quando trabalhava no dispensário que concebi a ideia de escrever uma história policial. (...) Comecei a considerar que espécie de história policial poderia escrever. Visto que estava rodeada de venenos, talvez fosse natural que selecionasse a morte por envenenamento. (...) Essa ideia permaneceu na minha mente, gostei dela e, finalmente, aceitei-a. Depois tratei da dramatis personae. Como? Por quê? E tudo mais. Teria que ser um envenenamento íntimo, devido à maneira especial como seria acometido o crime; teria que passar-se em família, ouso dizer assim. Naturalmente, teria que aparecer um detetive. (...) Não poderia ser como Sherlock Holmes, é claro: teria que inventar algo diferente, bem meu, mas também ele teria que ter um amigo íntimo, uma espécie de ator contracenante – não seria tão difícil assim! Retornei a meus pensamentos a respeito dos outros caracteres. Quem seria assassinado? (...) O verdadeiro objetivo de uma boa história policial é que o assassino seja alguém óbvio e que, ao mesmo tempo, por certas razões, descubramos que não é óbvio, e que, afinal, possivelmente não fora essa pessoa que cometera o crime.”
A partir daí Agatha Christie escreveu cerca de um livro por ano, totalizando aproximadamente 80 romances policiais, 163 histórias curtas, duas autobiografias, além de vários poemas, e seis romances com o pseudônimo de Mary Westmacott, sem contar as diversas adaptações de suas obras. Poirot, seu personagem mais famoso, aparece em mais de 40 livros da autora, sendo o ultimo Cai o Pano, publicado em 1975, narrando à morte do detetive belga - com direito a obituário no The New York Times - pouco antes da morte da própria autora. Suas obras foram mais traduzidas que as de Shakespeare e Agatha aparece no Guinness Book como a escritora mais vendida no mundo.
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Essa guria tatuou a imagem da Agatha na coxa, ficou lindo! |
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