Era mais uma madrugada de muitas perdidas, ela se encontrava cambaleando mais um vez nos becos no centro da cidade onde morava por destino, agora de volta ao seu refugio, com aquelas más companhias de sempre, que a cercavam apenas pela bebida de cigarro de graça, nada seguro, apenas para não se sentir mais solitária e encorajada diante outros olhos que a cercavam.
Essa era sua nova imagem, cabelos pretos soltos ao vento, olhos negros borrados, esquelética, coturno e cigarro na mão. Nada que remete ao seu passado inseguro e sonhador que fosse destroçado pela magoa e decepções, as pessoas não mudam porque querem, acontecimentos a fazem mudar.
Sua nova imagem era como o seu escudo, tentativas de se impor e mostrar-se forte ao mundo, aspirando atitude com sua rebeldia inconseqüente e gritar a todos que não se importava, “I don’t fuckin care!”, mas ela sentia lá dentro, e só ela sabia da dor dos corte em seu coração, e como demoravam para cicatrizar, não curar, porque a marca continuava ali, perceptível a cada lembrança, a cada remédio, a cada corte. Seu escudo era de louça.
Não fazia isso por atenção, nem por pena da qual era considerava um crime. Fazia por si, para se degradar, para esquecer num estante que seja, já que o tempo não o fazia. Este nunca foi um bom parceiro para si, nem a sorte para com o amor e outras desilusões. Nada mais a machucava que lembranças, as boas mais ainda, e o tempo, ah tempo cruel, esse que nunca voltará com elas.
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Me, Myself and I

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